Divisor de águas
Expectativa de clima quente no duelo de domingo (Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia)
Bahia e Vitória se enfrentam pela 33ª rodada do campeonato
brasileiro, no domingo, às 16h (horário local). A partida disputada no Barradão
promete ser vital para o futuro das equipes na competição por ser um confronto
de seis pontos, um clássico e por conta do ocorrido nesse ano. Promessa de nervos
à flor da pele nesse encontro.
Com uma situação complicada na competição, o Vitória
necessita somar os três pontos para tentar respirar na luta contra o
rebaixamento – na última rodada, a equipe teve mais uma atuação ruim e somou
apenas um ponto contra o rebaixado Paraná. Além disso, viu o Sport, primeiro
time fora do Z4, vencer o Ceará e abrir dois pontos de vantagem.
Isolando o desempenho do clube no Brasileirão, ainda
existe um tabu de nove partidas em que o Leão não vence o Tricolor. Foram três
empates e seis triunfos do Bahia, sendo cinco consecutivos e, o último deles,
rendeu o título baiano ao Esquadrão em pleno Manoel Barradas.
Um potencial problema por causa dos resquícios da
confusão generalizada no BaVi do
campeonato baiano apimentam ainda mais o
clássico.
Para
os visitantes, um resultado positivo praticamente acaba com o risco de
rebaixamento da equipe, complica (ainda mais) o ambiente e o psicológico do
arquirrival na luta contra o descenso. Sendo um “combo perfeito” perfeito para o Esquadrão.
Nos
últimas cinco partidas pela competição, o Bahia obteve três triunfos, uma
derrota e um (polêmico) empate contra o Grêmio no sul, jogo em que o Tricolor
de Aço vencia até a marcação de um duvidoso pênalti em Marinho aos 40 minutos
da etapa final. Sequência boa, animadora e que oxigenou a equipe de Enderson
Moreira no Brasileirão.
Opostos
Se por um lado é possível enxergar um conjunto bem
definido no Bahia, apenas com mudanças pontuais entre as partidas e com um
modelo de jogo consistente, Carpegiani ainda aparentar buscar uma identidade
para esse elenco do Vitória.
Apesar do começo promissor e que encheu o torcedor de
esperanças, o experiente técnico não conseguiu dar, a longo prazo, a tão
aguardada regularidade para a equipe. Na última partida, por exemplo, o
comandante rubro-negro fez seis mudanças em relação ao duelo contra o São
Paulo.
O frágil sistema defensivo, maior problema da equipe e
que inicialmente havia melhorado, também voltou a ser um problema e, nos últimos
oito jogos, o Leão viu sua rede balançar em sete partidas. Foram 13 gols
durante esse período e “manutenção” da pior defesa do campeonato, juntamente
com o Sport, com 53 gols sofridos.
Desfalques e retornos
O Bahia terá o retorno de Lucas Fonseca, que foi
substituído no intervalo da última partida por conta de uma fadiga muscular; o artilheiro
Gilberto também deve retornar a equipe. Julgados pelo STJD, Jackson e Zé Rafael
foram absolvidos e estão livres para atuar no BaVi.
Já do lado rubro-negro, a boa notícia fica por conta do
retorno de Lucas Ribeiro, que está liberado para jogar depois de cumprir
suspensão contra o Paraná. As baixas ficam por conta dos zagueiros Aderllan e
Ruan Renato, suspensos pelo terceiro amarelo, além de Rhayner que foi expulso
enquanto aquecia.
Por fim, ainda sem confirmações, Jeferson deve representar o maior
problema para o Leão – por conta de uma lesão, o lateral não atuou contra o
Paraná e pode não atuar no clássico. Para o lugar dele, contra os paranaenses, Carpegiani
optou por improvisar Ramon, estratégia que não deu certo e terminou anulando o
lado direito da equipe.
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